Esse é a postagem mais difícil de escrever, até agora, pois me demandou quase 1 semana para que as idéias se concentracem e para que eu me sentasse, as quinze para as seis da manhã de domingo para colocá-las nessa página.
Pensando em retrospecto sobre o que aconteceu, não tenho realmente coisas diferentes para escrever, apenas situações e pessoas diferentes.
A minha decepção com o sexo masculino é algo que eu levarei comigo por muito tempo, e se eventualmente um dia aparecer alguém que possa mudar a minha opinião, será de extrema alegria.
Saí com duas pessoas que eu amo de paixão em um sábado desses.
Além de serem minhas primas, elas são minhas amigas, confidentes, irmãs.
Eu as amo profundamente e são pessoas, das poucas, por quem eu mataria e morreria sem um pingo de arrependimento.
Pois bem: saimos em um sábado à noite em que o tempo, o ânimo e o feriado prolongado gritavam para nós: Fiquem em casa e durmam.
Mas como somos pessoas que não houvem tias velhas, porque, o mal tempo é uma tia velha, a preguiça, o ócio, são outras duas tias velhas. E como nem todas as pessoas tinham dinheiro ou tempo para viajar no feriado, nos arriscamos e fomos à farra.
No início nossa idéia era ir a um lugar na Lapa que se chama Lucena. Ia ter uma banda bacana tocando pop rock, íamos nos divertir de qualquer maneira.
Mas algo acabou mudando quando chegamos na ponte da Freguesia do Ó, e então decidimos seguir pela Marquês de São Vicente, até chegarmos na pista local da Marginal Tietê, rumo a Santana.
Caminho mais longo, mais esquisito, mas enfim, tinhamos um destino.
Pois bem, fomos ao Papagaio Vintém, no que chamam de noite da paquera.
É quando alguns anõezinhos (isso mesmo, pessoas pequenininhas!) circulam pelo recinto com papéis em mãos para o que chamamos de torpedos.
Eu recebi um de um cara que eu não tinha a mínima vontade de conversar, mas que por educação, acabei prestando a atenção a 5 ou 10 minutos de conversa não sei ao certo. Me pareceram eternos e eu não faço idéia do que foi dito nesse quase monólogo da parte do pobre nerd.
Quando eu resolvi mandar o meu, já estava quase no fim da balada, e eu tinha 100% de certeza de que a pessoa estava interessada. Não deu outra.
O moço era um gato lindo, charmoso, com um corpo maravilhoso e com um papo muito legal. Conversamos por um tempo, depois nos beijamos e trocamos telefones (na verdade eu dei meu telefone para ele mas... enfim... detalhes, detalhes...) e ficamos de combinar de nos ver novamente, para saber se a química que havia rolado ali se repetiria em um encontro planejado.
Nos falamos algumas vezes durante a semana, mas não passou disso.
Não fico triste, até porque estávamos em uma balada e os dois estavam conscientes de que provavelmente o nosso relacionamento começaria e terminaria naquele lugar.
Mas o que me chamou a atenção, e o motivo de eu ter contado essa história é que pelo que eu percebi, muitas das mulheres que estavam naquele lugar queriam estar no meu lugar.
Ele era um dos rapazes mais paquerados pelas mulheres e não deu atenção a nenhuma delas. Isso foi exclusividade minha.
Então para quem estava se achando o cocô do cavalo do bandido na última postagem, eu fui promovida, pelo menos, ao rabinho do cavalo do bandido, aquele que sim, entra, de vez me em quando em contato com o cocô, mas que não é necessariamente isso.
Aff... Que nojo!
Enfim...
Minha semana tem sido de oscilações de humor e eu sinto sinceramente que está na hora de eu procurar ajuda profissional, já que eu não estou mais conseguindo me equilibrar sozinha.
Para se ter uma idéia, eu tive uma crise nervosa no serviço e precisei de calmante para aliviar o que eu tava sentindo. Não queria precisar de medicamento para ficar calma, mas as coisas estão começando a chegar a esse nível. Portanto, uma ajudinha profissional será bem vinda.
Termino essa postagem com uma música e com um texto que eu escrevi:
Meu texto:
"Não importa o lugar para onde eu vou. Mas importa muito mais o lugar de onde eu vim.
E é com garra, força e determinação que eu vou fazer de cada dia um lembrete, para que a convicção faça parte de mim, para que eu saiba o limite do meu orgulho, para que eu saiba quando eu devo começar a chorar, e quando eu devo secar minhas lágrimas. Não chorar não é sinal de ser forte.
Saber quando parar é o maior sinal de que se sabe quem é.
Eu jamais vou segurar minhas lágrimas para parecer forte. Eu vou chorar até o momento em que eu achar necessário.
E quando o momento passar, enxugarei as lágrimas e continuarei no caminho.
Qual caminho?
O caminho que eu escolher, seja ele qual for.
Não importa o caminho, e sim o que se faz ao longo dele."
E a música:
"Ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso, porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei
Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs,
é preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir,
é preciso a chuva para florir.
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
compreender a marcha, e ir tocando em frente
como um velho boiadeiro levando a boiada,
eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou,
de estrada eu sou
Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs,
é preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir,
é preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia, todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história,
e cada ser em si carrega o dom de ser capaz,
e ser feliz
Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs,
é preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir,
é preciso a chuva para florir
Ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
e cada ser em si carrega o dom de ser capaz,
e ser feliz."
Paz, amor, paciência e muuuuuuito Rock 'N Roll